sexta-feira, 15 de agosto de 2008
LBV - Biografia de Alziro Zarur
Alziro Abraão Elias David Zarur nasceu, paradozalmente, em um dia de paz em um ano de guerra, quando os homens de todo o mundo já enfrentavam uma das mais trágicas conflagrações da história: 25 de dezembro de 1914, no Rio de Janeiro.
Não foi por acaso que ele desencadeou, durante toda a sua vida, uma "guerra" pacífica em prol da humanidade. Filho de imigrantes árabes - Ássima e Elias Zarur - defendia a tese de que "o ser humano foi criado de tal forma que só pode ser feliz praticando o bem".
O fundador da Legião da Boa Vontade foi aluno brilhante do Colégio Pedro II e já nesse tempo dava mostras do seu pendor para o jornalismo: depois de escrever em todos os órgãos do colégio, fundou o próprio jornal (O Atalaia) e foi chamado para dirigir o órgão oficial, Boletim do Colégio Pedro II.
Aos 15 anos, ingressou como jornalista profissional, no matutino A Pátria, de João do Rio, sob a direção de Diniz Júnior.
Zarur estudou na faculdade Nacional de Direito, mas preferiu ser doutor em Evangelho e Apocalipse, tidos por ele como as obras mais importantes do mundo.
Escreveu dezenas de livros, nos quais são explicados, de forma clara e didática, os ensinamentos de Jesus: "O que estou fazendo é a síntese de tudo o que já se fez de realmente grande, verdadeiramente sério, indiscutivelmente eterno, pela libertação do Brasil e de toda a humanidade. E tudo isso numa linguagem simples, que todos possam entender. Sou povo, porque nasci povo e povo hei de morrer", resumia.
Se reunisse o que escreveu em jornais e revistas desde 1930, sem contar os milhares de improvisos, seria possível montar mais de 50 livros sobre rádio e televisão, política e ciência, literatura e religião.
A contribuição de Zarur ao rádio brasileiro foi decisiva: criou os programas Enciclopédia Literária, Você não tem consciência!, Gatinhos e Sinucas, Teatro de Gente Nova, Policial Zarur e as suas novas Aventuras de Sherlock Holmes. Com este último, lançou o programa policial educativo na radiodifusão do país, encerrando sempre suas produções com a sentença: "O Bem nunca será vencido pelo Mal".
Em 1948, afastou-se dos círculos sociais durante cerca de 1 ano, vivenciando um período de "exílio espiritual", para planejar, em pormenores, a obra que viria a fundar.
Observou que o rádio ainda não havia feito um programa exclusivamente dedicado aos doentes. Foi assim que criou, em 4 de março de 1949, a Hora da Boa Vontade, na Rádio Globo. O programa trazia uma palavra de alento aos doentes do corpo e do espírito.
Na época, foi criticado por pessoas do meio radiofônico que não acreditava que ele, aos 33 anos de idade, trocaria seu sucesso no rádio para dedicar-se à religiosidade ecumênica. Mas Zarur prosseguiu e, na modesta sala da Rua Acre, no Rio de Janeiro, elaborou, sozinho, os estatutos da instituição que, mais tarde seria uma das maiores do mundo.
Dessa forma, em 1º de janeiro de 1950, ele fundou a Legião da Boa Vontade, com a missão de contribuir para o desenvolvimento solidário por meio de ações nas áreas social, educacional, cultural e filosófica.
Com o estabelecimento da LBV, Zarur iniciou a Cruzada de Religiões Irmanadas, em prol da união das crenças, na busca pela Paz. Sua preocupação em respeitar as diferentes religiões foi reconhecida pelo Vaticano. Zarur recebeu do Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio a Medalha do Papa Paulo VI, "por serviços prestados à causa do Ecumenismo".
Suas palavras sensibilizavam milhares de brasileiros atentos à sua pregação pioneira. Ele falava de Ecumenismo Irrestrito e proclamava o Novo Mandamento de Jesus - Amai-vos uns aos outros como eu vos amei - explicando: "Não amar com o amor do homem, sempre egoísta e sectário, mas amar com o amor de Jesus".
Concedeu entrevistas em todas as emissoras de TV da época. Realizou programas culturais, dentro da série "O Povo Quer Saber" e "O Show é Zarur", respondendo sobre os mais variados assuntos, com auditórios lotados.
Na Rádio Mundial, de 1956 à 1966, divulgou toda a Bíblia Sagrada, de meia em meia hora, durante as 24 horas do dia, fato único em todo o mundo.
E, 1965, quando o Rio comemorava 400 anos de sua fundação, Zarur foi homenageado com o título de "Radialista do IV Centenário". Recebeu também, com mais nove descendentes de sírios e libaneses, a Condecoração da Liga dos Estados Árabes (LEA), das mãos de seu ministro Plenipotenciário.
Atendendo ao pedido dos Senadores Petrônio Portella e Nelson Carneiro, analisou a Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino, sugerindo que ela fosse complementada por uma Lei de Diretrizes e Bases para a Educação, baseada no maior de todos os educadores da humanidade: Jesus.
Sócio remido da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABR) e um dos pioneiros do Sindicato dos Jornalistas, Zarur criou a Associação Brasileira de Cronistas Radiofânicos (ABCR). Também lançou, em outubro de 1975, os fundamentos da Academia Brasileira de Escritores de Televisão, Rádio e Imprensa (Abetri).
Alziro Zarur faleceu em 21 de outubro de 1979, na cidade do Rio de Janeiro.
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5 comentários:
SEM DÚVIDA UMA GRANDE ALMA, UM ESPÍRITO ELEVADO QUE CUMPRIU SUA MISSÃO COM MAESTRIA,DEIXANDO UM LEGADO INCONTESTÁVEL PARA HUMANIDADE, PAUTADO NO AMOR E RESPEITO AO PRÓXIMO.
Paulo, vc é o filho dele??
Porque as pessoas jamais deixam de chorar e lamentar a morte de falsos ídolos que viveram nas drogas e álcool e contraíram DST. .ou suicidaram?
Este homem eu vi os milagres reais dele.
Porque as pessoas jamais deixam de chorar e lamentar a morte de falsos ídolos que viveram nas drogas e álcool e contraíram DST. .ou suicidaram?
Este homem eu vi os milagres reais dele.
Alziro Zarur, uma grande Alma, digno de todo o respeito e consideração.
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